segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Depois do Negativo, estou de volta...

Gente, após a ressaca do negativo e de alguns posts mais técnicos, estou voltando a escrever.

"Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima..." Bora lá!
Só pra relembrar: estou na 1ª FIV, fiz uma TEC no dia 18 de julho e o Beta no D13. Deu negativo, uma paulada na cabeça que me tirou o sentido... Parei com a medicação e 3 dias depois, fiquei menstruada (ontem, domingão).



Hoje, enquanto escrevo, estou aguardando o horário em que chegue a assistente da médica para agendar uma consulta e discutirmos o que deu errado. Tenho suspeita de que nos precipitamos e ela não pediu todos os exames, por exemplo, de tipagem sanguínea do casal, cariótipo ou o cross match. Acho que faltaram os exames imunológicos do casal, já que a investigação de problemas genéticos deve ser parte da explicação do insucesso da implantação. Assim o problema pode ser também do endométrio e pesquisei que existe um novo exame (ERA – Receptividade Endometrial ARRAY), que avalia a receptividade endometrial, poderá esclarecer alguns resultados negativos e melhorar as chances de gravidez.
Quem acompanhou o blog nestes dias percebeu que fiz uma pesquisa sobre os motivos, tem uma pasta no meu computador com um “dossiê” sobre os problemas... Mas preciso parar de olhar os problemas e pensar na solução! E a melhor coisa, além de ficar paranoica com o Dr. Google, é conversar com a médica. Mas já estou cogitando buscar outras clínicas, principalmente que é a CRH, Clínica de Reprodução Humana de Campinas, que é referência no Brasil e América Latina, bem pertinho da minha casa. São médicos professores da UNICAMP, instituição onde estudei (fiz minha graduação, mestrado e doutorado) e confio muito.
Como ontem me senti bem mal quando a M chegou, fiquei pensando... “O que acontece com a menstruação depois da FIV/TEC?
Bom, após o Beta negativo, a progesterona (Utrogestan®, Crinone®, Evocanil®, dentre outros) é imediatamente interrompida – e no meu caso, usava estrogênio (tomando Natifa e colocando adesivos de Estradot). Assim o sangramento menstrual é esperado que aconteça, em média, entre 2 a 10 dias após a interrupção deste hormônio.
Mais do que o aspecto simbólico, a menstruação é o resultado natural do processo fisiológico que marca o fim de um ciclo e o início de outro. Aí renovamos nossas esperanças e repensamos o que fazer.
Aí vem aquela outra pergunta: “O ciclo é diferente depois da FIV com Beta Negativo?”
Quando a transferência é feita no “ciclo fresco”, verifica-se que o aparelho reprodutivo ainda não retornou por completo ao status pré-tratamento. Os ovários habitualmente se encontram ainda aumentados de volume e organismo feminino está retomando a sua anatomia e o seu funcionamento. Esta involução gradual costuma levar vários dias ou até mesmo algumas semanas.
Já nos ciclos de transferência de embriões que se encontravam criopreservados o retorno ao funcionamento normal se dá de forma quase imediata. Este foi o meu caso e o que senti de diferente foi a cólica inicial muito mais forte.
Como era domingo, resolvi correr no parque para ver se o negócio descia logo. Foi um caos, pois a dor era muito forte e o meu carro estava estacionado a pelos menos uns 3 km do lugar em que comecei a passar mal. Reduzi o ritmo e continuei a corrida, completando os 6km do percurso. Mas também dormi o resto do dia, depois de me entupir de Ponstan.
Agora é a fase de investigação para explicar ou tentar identificar a causa do insucesso.
Neste momento, vale fazer alguns exames ainda não realizados, para completar a avaliação. Dentre estes, alguns dos mais solicitados são a histeroscopia, exame que verifica como está o interior da cavidade uterina onde são colocados os embriões e a parte imunológica da paciente.
Abaixo alguns questionamentos que podem povoar em nossas cabecinhas ansiosas.... 
Foram respondidas pelo Dr. Marcos Höher,  integrante da equipe do Centro de Reproduçao Humana Nilo Frantz (a referência com o link está ao final).

Neste mesmo ciclo ovula-se normalmente ou pode acontecer de não ovular?
Assim como ocorre após a suspensão da pílula anticoncepcional, a retomada dos ciclos menstruais ovulatórios regulares após os ciclos de fertilização in vitro acontece de uma forma bem variável e pouco previsível. Algumas mulheres rapidamente tem sua produção hormonal restabelecida, enquanto outras vão necessitar de mais tempo para retomarem a sua plena capacidade ovulatória.

E no mês seguinte, a menstruação poderá atrasar? Os hormônios poderão ficar "bagunçados"?
No segundo mês (ou ciclo) após uma fertilização in vitro a maioria das mulheres já recuperou a sua produção hormonal. A duração do tratamento corresponde a 1(um) ciclo e no seguinte é comum haver alguma irregularidade ou disfunção. No entanto, no ciclo subseqüente tudo já deve estar voltando ao normal.

É comum a formação de cistos após o uso de medicamentos que estimulam os ovários durante a FIV / TEC ou isso é mito?
O ovário, por natureza, é um órgão em constante atividade e mutação e a formação de cistos é extremamente frequente.
Já no ciclo de FIV o que se verifica é o crescimento intencional de múltiplos folículos ovarianos. Após a punção para coleta dos óvulos alguns destes folículos puncionados se enchem novamentente de líquido (chamado de transudato) ou de sangue formando múltiplas pequenas cavidades císticas. Trata-se de algo esperado e com regressão completa transcorridos alguns dias ou semanas. Na ocorrência da gestação é observada uma reabsorção mais lentas destes "cistos" e uma persistência dos mesmos até a completa reabsorção por um período mais prolongado.

Fonte: http://www.nilofrantz.com.br/noticias/o-que-acontece-com-a-menstruacao-depois-da-fiv/119/pagina-6

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