domingo, 2 de agosto de 2015

Começando mais um ciclo. Desistir? Nunca!


Quanto tempo...mas acho que já perceberam que desapareço e depois tento atualizar com as novidades. Bom, neste período que sumi, não aconteceu muito coisa, foi mais o período das férias.
No último post, tinha comentado sobre as consultas, possibilidades de tratamentos e novidades (não muito boas) sobre o problema da varicocele do meu marido.

Após as últimas consultas, a recomendação foi aguardar a próxima menstruação e então começar nova indução. Ambos os médicos (tanto o meu médico da FIV anterior, o japa que é especializado em fertilidade masculina que buscamos para analisar o caso de fragmentação espermática e o novo especialista da CRHC) disseram que o problema deve estar na qualidade dos embriões e, para saber ou dar qualquer sequência, deveríamos gerar mais óvulos. Portanto, novas picadas, remédios, dinheiro e expectativa.

Nas férias aproveitei para ir à praia, organizar a casa, meus armários, principalmente o de sapatos, que são a minha paixão e, embora não seja este o tema do blog, comentarei sobre eles e minha coleção. Tive que dar um jeito de ficar apenas com 120 pares e cataloguei tudo no closet, ficou bem organizado depois da faxina geral e das etiquetas e padronização em todos com caixas iguais e por categorias. Tentei esquecer um pouco dos tratamentos, mas como fizemos os exames, não dava pra esquecer. Deixei nossos exames de sorologia prontos e meu marido fez ultrassom do escroto. Tadinho, ele ficou constrangido, mas deu certo.

Na semana passada, na terça, fomos até o médico japa, que é andrologista para ver os exames. Ele disse que realmente há uma varicocele no escroto direito e que a recomendava o seguinte: fazer indução e, no dia da punção, meu marido faria uma punção dos espermatozoides diretamente “da fonte”. Segundo ele, a varicocele altera a temperatura e esta seria a melhor forma de captar melhores nadadores com este procedimento chamado TESA.
 
Como é na sala ao lado do médico da FIV anterior, que foi ele quem recomendou, disse para marcarmos o início da minha medicação. Como estávamos meio reflexivos sobre a recomendação e ainda pensando no que o outro médico diria, não agendamos a outra consulta, achamos melhor ir para a casa. Muitas dúvidas... parecia tão agressivo este procedimento, pediu para meu marido pesquisar um pouco mais, tanto em termos de benefícios médicos como para comparar valores entre as clínicas.
Tive que viajar a trabalho no dia seguinte e então meu marido fez contato como a CRCH. Não conseguiu falar com o médico, mas a outra médica que fez meu ultrassom no dia da consulta o atendeu por telefone, Dra. Márcia, muito bacana. Ela disse que não recomenda o TESA, pois seria para casos em que o homem não tem a dosagem necessária de espermatozoides ejaculados, que não seria nosso caso. Apenas recomendava a ICSI para captação dos melhores.
Putz, realmente estou em dúvida, mas decidimos fazer na CRCH. O valor ficará bem parecido, cerca de R$15mil, sem medicamentos e extras. A previsão de mais uns R$8mil dos remédios. O tal do TESA ficaria mais R$4,5mil – e não é só a grana, mas a avaliação da necessidade da intervenção. Isso sem considerar taxas para descongelar se for congelado e não ciclo fresco, mas uns R$2,5mil a R$4mil. É um investimento, mas depois de duas FIVs e 3 TECs, não posso desistir.

A cabeça fica uma bagunça porque não há resposta sobre o porquê não deu certo nas FIVs anteriores e isso é o que pega. Sabemos que os embriões não são os melhores, mas porquê não evoluem? Porque não implantar e continuam a divisão das células? Os meus miomas podem atrapalhar?

Acabei não fazendo a tal de histeroscopia, os médicos disseram não ser necessário, recomendam ter foco na qualidade dos embriões.
Cheguei de viagem a trabalho do Rio, durante o dia troquei mensagens pelo WhatsApp com meu marido e então conversamos sobre o que fazer. Decidimos trocar de clínica, não pelo médico anterior, porque confiamos muito nele, mas foi pela clínica.
Não sei explicar, mas a dona da clínica é uma megera, contei isso no episódio, que ela foi extremamente insensível quando fizemos um questionamento sobre valores após o negativo na segunda TEC, mas antes tivemos vários outros problemas com cobranças, sempre tinha alguma taxa extra para cobrar e também não recebíamos todos os relatórios detalhados sobre os embriões. Fiquei em dúvida sobre os biólogos responsáveis, pois pedi um relatório com a imagem dos embriões transferidos (a pedido do novo médico que consultamos) e não recebi. Ninguém me deu retorno. Este novo médico disse que pela qualidade, os embriões não estavam bons para congelamento/descongelamento e a clínica não deu detalhes sobre a qualidade deles (quantidade de células) para tomada de decisão. Disso, não é pelo médico, mas uma busca de troca de clínica para tentar aumentar novas chances no manejo dos embriões e protocolos que possam aumentar a qualidade deles.

Portanto, resumindo: ontem, dia 01 de agosto, sábado, chegou a “maré vermelha” e vou começar o procedimento. Como estou na praia, aproveitando ainda o clima de férias, embora eu não esteja mais há um 10 dias, vou pegar a estrada agora para amanhã cedo ligar na clínica e fazer o ultrassom. Iniciando novo ciclo, lá vamos nós mais uma vez!!!!

 

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