Quero entender melhor
o que é esta tal de aloimuidade e o tal do exame cross match.
Vi que no ambiente
médico ainda há questionamentos sobre os procedimentos e algumas das vacinas
não foram aprovadas pelo FDA (Food and Drug Administration).
Algumas explicações a seguir.
Categorias de
Problemas Imunológicos
Há cinco categorias
de problemas imunológicos que podem causar aborto, falhas em reprodução
assistida e infertilidade. Para maiores detalhes leia o texto Programa de
Imunologia da Reprodução.
- Categoria I
Casais compatíveis o
HLA-DQ alfa. Isto resulta na falta de produção de anticorpos bloqueadores para
a gravidez a evolução é o aborto. O tratamento para esta categoria é a Terapia
com Imunização de Linfócitos (LIT).
- Categoria II
Anticorpos
antifosfolipídicos. Estas são moléculas de adesão para a implantação e
desenvolvimento da placenta. O tratamento para este problema é uso da aspirina
infantil (81 a 100 mg por dia) começando no primeiro dia do ciclo concepcional
e Heparina por injeção subcutânea na segunda metade do ciclo menstrual,
aumentando a dose a partir do diagnóstico de gravidez, até um dia antes do
parto.
- Categoria III
Estas pacientes
desenvolveram anticorpos contra o DNA ou produtos de degradação do DNA e isto
se reflete na produção de um resultado de exame positivo para o Fator
Anti-Núcleo (FAN). Geralmente o resultado tem padrão fragmentado. Nós também sugerimos
para que estas mulheres sejam investigadas para DNA de dupla hélice, hélice
simples, polinucleotídeos e histonas. O tratamento para esta condição é uma
medicação chamada Prednisona, que é um esteróide. Deve ser iniciado no primeiro
dia do ciclo concepcional na dose de 5mg duas vezes por dia e aumentado para 10
mg duas vezes ao dia com o resultado de um teste de gravidez positivo,
mantendo-se a dose até a décima semana de gravidez.
- Categoria IV
Este grupo de
pacientes produz anticorpos antiespermáticos ou contra o fosfolípide
fosfatidiletanolamina. Esta mulheres necessitam inseminação intra-uterina.
- Categoria V
Atividade NK elevada,
determonada por dosagem de CD56+ e de CD19+5+. Estas pacientes necessitam de
Imunização com Linfócitos Paternos (LIT) e/ou terapia pré concepcional com
IgGIV. Os testes que definem esta categoria são:
A: imunofenótipo;
B: Teste de atividade NK;
C: Testes cutâneos para hormônios;
D: Anticorpos anti-hormonais e neurotransmissores;
Para quem teve duas
ou mais perdas gestacionais ou falhas em programas de reprodução assistida
(fertilização in vitro com transferência de embriões), podem ser resultlado de alterações imunológicas que afetam a fertilidade.
Sobre o Exame de
Cross-Match
A avaliação da presença
de anticorpos é feita com um exame denominado Cross-Match, que pesquisa a
existência de anticorpos contra linfócitos paternos no sangue da mãe.
Existem diferentes
métodos para a detecção desses anticorpos no soro materno, tais como a
microlinfocitotoxicidade e a Citometria de Fluxo Quantitativa, sendo somente o
último indicado para a avaliação na área de reprodução, principalmente por ser
mais sensível e apresentar menos variância entre resultados da mesma amostra.
Os resultados dos
exames de Cross-Match são usados para indicar o tratamento e para monitorizar a
resposta materna à aplicação das vacinas (ILP).
Sobre a Vacina com
linfócitos paternos (ILP)
Há médicos que
indicam um tratamento imunológico baseado na utilização de vacinas produzidas
com linfócitos presentes no sangue do pai, que são injetados no organismo da
mãe com o intuito de estimular, por uma via diferente, a produção de anticorpos
contra o HLA paterno, que poderão, assim, ter o efeito protetor numa gravidez
subseqüente.
Esta é a teoria que
justifica o tratamento de imunização com linfócitos paternos (ILP) para casos
de abortamentos de repetição de causa aloimune.
É importante lembrar
que todo casal deve passar por prévia consulta com médico especializado antes
de qualquer tipo de tratamento. Só o médico é capaz de julgar a necessidade de
exames complementares coadjuvantes bem como qual terapêutica será necessária
para cada casal.
Em geral, são feitas
que 3 aplicações de ILP com intervalos médios de 3 semanas para sensibilizar a
grande maioria das pacientes. Em torno de 30% dos casos necessitam de mais uma
dose de reforço. Uma vez imunizada, a paciente permanece por volta de 6 meses
sem a necessidade de novo tratamento, possibilitando assim durante esse período
engravidar espontaneamente ou por métodos de fertilização caso seja
necessário.
Fonte:
http://www.crossmatch.com.br/
A seguir, uma
entrevista com o Dr. Barini, que é professor da Unicamp e tem uma clínica
especializada em Imunologia da Reprodução e "medicina materno fetal".
Pelo que dá para
perceber, o tratamento não é um consenso, há questionamentos na comunidade
médica, tem alto custo e impactos não avaliados pela aplicação das vacinas.
Vale a pena ler na íntegra para refletir, avaliar, questionar...
Aí cada uma tira sua
conclusão... Eu ainda estou pesquisando e não tenho opinião fechada, quer mais
antes de uma decisão.
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