Gente, após a ressaca do negativo e de alguns posts mais técnicos,
estou voltando a escrever.
"Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima..." Bora lá!
"Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima..." Bora lá!
Só pra relembrar: estou na 1ª FIV, fiz uma TEC no dia 18 de julho e o Beta no D13. Deu negativo, uma paulada na cabeça que me tirou o sentido...
Parei com a medicação e 3 dias depois, fiquei menstruada (ontem, domingão).
Hoje, enquanto escrevo, estou aguardando o horário em que chegue a
assistente da médica para agendar uma consulta e discutirmos o que deu errado.
Tenho suspeita de que nos precipitamos e ela não pediu todos os exames, por
exemplo, de tipagem sanguínea do casal, cariótipo ou o cross match. Acho que
faltaram os exames imunológicos do casal, já que a investigação de problemas
genéticos deve ser parte da explicação do insucesso da implantação. Assim o
problema pode ser também do endométrio e pesquisei que existe um novo exame
(ERA – Receptividade Endometrial ARRAY), que avalia a receptividade
endometrial, poderá esclarecer alguns resultados negativos e melhorar as
chances de gravidez.
Quem acompanhou o blog nestes dias percebeu que fiz uma pesquisa sobre
os motivos, tem uma pasta no meu computador com um “dossiê” sobre os
problemas... Mas preciso parar de olhar os problemas e pensar na solução! E a
melhor coisa, além de ficar paranoica com o Dr. Google, é conversar com a
médica. Mas já estou cogitando buscar outras clínicas, principalmente que é a
CRH, Clínica de Reprodução Humana de Campinas, que é referência no Brasil e
América Latina, bem pertinho da minha casa. São médicos professores da UNICAMP,
instituição onde estudei (fiz minha graduação, mestrado e doutorado) e confio
muito.
Como ontem me senti bem mal quando a M chegou, fiquei pensando... “O
que acontece com a menstruação depois da FIV/TEC?”
Bom, após o Beta negativo, a progesterona (Utrogestan®, Crinone®,
Evocanil®, dentre outros) é imediatamente interrompida – e no meu caso, usava
estrogênio (tomando Natifa e colocando adesivos de Estradot). Assim o sangramento
menstrual é esperado que aconteça, em média, entre 2 a 10 dias após a
interrupção deste hormônio.
Mais do que o aspecto simbólico, a menstruação é o resultado natural do
processo fisiológico que marca o fim de um ciclo e o início de outro. Aí
renovamos nossas esperanças e repensamos o que fazer.
Aí vem aquela outra pergunta: “O ciclo é diferente depois da FIV com
Beta Negativo?”
Quando a transferência é feita no “ciclo fresco”, verifica-se que o
aparelho reprodutivo ainda não retornou por completo ao status pré-tratamento.
Os ovários habitualmente se encontram ainda aumentados de volume e organismo
feminino está retomando a sua anatomia e o seu funcionamento. Esta involução
gradual costuma levar vários dias ou até mesmo algumas semanas.
Já nos ciclos de transferência de embriões que se encontravam
criopreservados o retorno ao funcionamento normal se dá de forma quase
imediata. Este foi o meu caso e o que senti de diferente foi a cólica inicial
muito mais forte.
Como era domingo, resolvi correr no parque para ver se o negócio descia
logo. Foi um caos, pois a dor era muito forte e o meu carro estava estacionado
a pelos menos uns 3 km do lugar em que comecei a passar mal. Reduzi o ritmo e
continuei a corrida, completando os 6km do percurso. Mas também dormi o resto
do dia, depois de me entupir de Ponstan.
Agora é a fase de investigação para explicar ou tentar identificar a
causa do insucesso.
Neste momento, vale fazer alguns exames ainda não realizados, para
completar a avaliação. Dentre estes, alguns dos mais solicitados são a
histeroscopia, exame que verifica como está o interior da cavidade uterina onde
são colocados os embriões e a parte imunológica da paciente.
Abaixo alguns questionamentos que podem povoar em nossas cabecinhas
ansiosas....
Foram respondidas pelo Dr. Marcos Höher, integrante da equipe do Centro de Reproduçao
Humana Nilo Frantz (a referência com o link está ao final).
Neste mesmo ciclo ovula-se normalmente ou pode acontecer de não ovular?
Assim como ocorre após a suspensão da pílula anticoncepcional, a
retomada dos ciclos menstruais ovulatórios regulares após os ciclos de
fertilização in vitro acontece de uma forma bem variável e pouco previsível.
Algumas mulheres rapidamente tem sua produção hormonal restabelecida, enquanto
outras vão necessitar de mais tempo para retomarem a sua plena capacidade
ovulatória.
E no mês seguinte, a menstruação poderá atrasar? Os hormônios poderão
ficar "bagunçados"?
No segundo mês (ou ciclo) após uma fertilização in vitro a maioria das
mulheres já recuperou a sua produção hormonal. A duração do tratamento
corresponde a 1(um) ciclo e no seguinte é comum haver alguma irregularidade ou
disfunção. No entanto, no ciclo subseqüente tudo já deve estar voltando ao
normal.
É comum a formação de cistos após o uso de medicamentos que estimulam
os ovários durante a FIV / TEC ou isso é mito?
O ovário, por natureza, é um órgão em constante atividade e mutação e a
formação de cistos é extremamente frequente.
Já no ciclo de FIV o que se verifica é o crescimento intencional de
múltiplos folículos ovarianos. Após a punção para coleta dos óvulos alguns
destes folículos puncionados se enchem novamentente de líquido (chamado de
transudato) ou de sangue formando múltiplas pequenas cavidades císticas.
Trata-se de algo esperado e com regressão completa transcorridos alguns dias ou
semanas. Na ocorrência da gestação é observada uma reabsorção mais lentas
destes "cistos" e uma persistência dos mesmos até a completa
reabsorção por um período mais prolongado.
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