Já contei um pouco sobre
como tem sido a aplicação dos medicamentos.
Não sei se comentei, mas
morro de medo de injeção e, desde a primeira FIV, quem aplica a medicação é meu
marido. Mas como tive uma viagem a trabalho exatamente durante o processo, tive
que criar coragem e aplicar em mim. Vixi, fiquei apreensiva, mas deu tudo
certo!
Tive que ir em uma van
alugada para todos da equipe e levei uma bolsa térmica com o remédio, tive que
inventar uma desculpa porque queriam saber o que era. Mas pontualmente, ia até
o quarto do hotel e aplicava em mim. Faço qualquer coisa pelos meus futuros
bebês!!!!!!!!!!!
Mas agora, para conhecer
um pouco mais sobre a parte técnica do processo, vou descrever o processo de
indução da ovulação.
Para facilitar,
organizei em 3 fases a partir da pesquisa que realizei (como não sou da área da
saúde, as informações são baseadas nos sites de médicos que atuam em reprodução
assistida e embaixo deixo sempre os links consultados).
A estimulação ovariana é
um passo muito importante para uma FIV de sucesso. Se bem conduzida propicia
coleta de óvulos maduros e de qualidade para a fertilização. Se mal conduzida
pode comprometer irremediavelmente a chance de gravidez no ciclo, ou causar
riscos desnecessários à mulher (como o hiperestímulo ovariano, que tive na
minha primeira tentativa e é ruim demais...)
Fase 1: Avaliação Basal e Fase Inicial de Estímulo
O ideal é que ao iniciar
o processo, no ultrassom, o ovário apresente todos os folículos pequenos (<
8 mm) e relativamente sincrônicos, ou seja, sem muita variação de tamanho. Isto
vai garantir que respondam de forma semelhante à medicação, crescendo e
amadurecendo juntos. O melhor é que todos os folículos cheguem à maturidade
aproximadamente no mesmo dia de estímulo, conseguindo-se mais óvulos maduros.
Outro aspecto que o médico avalia no ultrassom é a espessura do endométrio, que
no início do tratamento deve estar fino, menor ou igual a 5 mm, garantindo que
existe um bom “repouso” fisiológico ovariano.
Dentre os medicamentos,
as gonadotrofinas utilizadas nesta fase são o FSH puro (GONAL, PUREGON,
BRAVELLE) ou o FSH com efeito LH associado (MERIONAL, MENOPUR). A escolha
depende da experiência de cada clínica e disponibilidade, pois a literatura
médica mostra não haver diferenças relevantes na resposta a estas medicações.
Fase 2: Estimulação do Ovário
No 5º – 6º dia de
medicação é esperado que os folículos estejam crescendo de maneira uniforme,
com diâmetro em torno de 10 a 14 mm, e o endométrio esteja se tornando espesso
(> 5 mm). Nos hormônios, o único que deve estar subindo é o Estradiol
produzido pelas células dos folículos em crescimento. O LH e a Progesterona
devem permanecer baixos.
Ainda no 5º ou 6º dia de
estímulo, é realizada uma avaliação da resposta através de dosagens hormonais e
ultrassom, para verificar se há necessidade de ajustes nas doses.
Nesta fase, de acordo
com os exames, para evitar que alguns folículos fiquem maduros antes da hora,
alguns médicos utilizam o antagonista de GnRH (CETROTIDE ou ORGALUTRAN), como é
o meu caso (iniciando no 8ª dia).
Em algumas clínicas, o
antagonista é iniciado de maneira fixa no 6º dia de estímulo. Em outras é
iniciado de maneira variável, quando o primeiro folículo atinge 14 mm de
diâmetro e os níveis de Estradiol cerca de 400 pg/ml. Uma vez iniciado, o
antagonista é mantido até a finalização da estimulação.
A monitorização da
resposta é repetida a cada 2 ou 3 dias a partir da avaliação inicial (5º – 6º
dia), no intuito de detectar o ponto exato em que os folículos e óvulos estarão
maduros para a coleta.
Fase 3: finalização do estímulo e indução ovulatória
Em média após 10 dias de
estímulo, com pequenas variações para menos ou mais segundo a resposta
ovariana, os óvulos estarão maduros. O ultrassom deve mostrar folículos com
diâmetros acima de 17 mm e endométrio com espessura superior a 8 mm (ideal). Os
níveis de Estradiol devem estar acima de 1.000 a 2.000 pg/ml, o LH permanece
baixo, e a progesterona pode ter pequena elevação no final do estímulo.
Quando os óvulos estão
maduros, é provocada uma “onda” de LH, em dose alta, para desencadear dois
fenômenos fundamentais nesta fase: a) finalização da meiose (divisão celular)
do óvulo, tornando-o pronto a ser fertilizado; b) liberação do óvulo da parede
do folículo, à qual estava ligado, ficando então o óvulo “solto” no líquido
folicular, e, portanto, passível de ser aspirado pela agulha específica na
punção.
No meu caso, o médico
receitou uma “onda de LH com uso hCG subcutâneo”, com o Ovidrel.
Em geral, após 36 a 38
horas após esta onda de LH, o óvulo, já maduro, é liberado pelo folículo para a
pelve (ovulação). Como não pode acontecer isso na FIV, pois assim eles seriam
perdidos, o médico calcula média, 34 horas após a medicação para fazer a
aspiração dos óvulos maduros.
Fonte: Dr. Fábio Eugênio (Ginecologista, especialista
em Reprodução Humana. Mestrado em Tocoginecologia Fellow em Medicina
Reprodutiva Diretor Clínico do Centro de Medicina Reprodutiva BIOS Trabalha há
15 anos na especialidade).
Disponível em: http://www.medicinareprodutiva.com.br/2011/09/inducao-de-ovulacao-para-fiv-o-estimulo-na-pratica/
:) estou te acompanhando. To vendo que vc faz sempre exames hormonais junto com o ultrasom. isso eu nunca fiz. Vc sabe oq isso pode influenciar? Para que sao feitos esses exames e qual a frequencia que sua medica ira pedir?
ResponderExcluirBárbara, na outra FIV não fiz e agora percebo que este médico é bem criterioso, pois ele pede ultrasson a cada 2/3 dias mais o exame hormonal. A médica em que fiz a FIV anteriormente, embora ambos sejam excelentes profissionais, professores da UNICAMP e também estejam na mídia sobre o assunto, tiveram sequências de tratamento diferentes.
ResponderExcluirComo na última vez tive hiperestímulo e passei muito mal, desta vez ele está controlando também pela dosagem hormonal para não perdermos os melhores folículos. Achei que vale a pena, apesar do trabalho de ir até a clínica e tal.
Vale a pena consultar sua médica sobre os critérios que ela usa para definir as dosagens durante o estímulo. Boa sorte para nós! Bj
O meu nao tem hiperestimulo, pelo contrario, quase nao consigo ovulos, tenho sempre 1 ou 2. Quais os hormonios que o medico dosa? Vc esta fazendo na CRHC? Faco la, e tb faco ultrasom a cada 2/3 dias.
ResponderExcluirVou perguntar para a Medica sobre qual o criterio da dosagem. Boa sorte para nos!!!! Bjos! <3
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBárbara, estou com 30 folículos! Mas nem todos estão grandões, pois devem ter entre 15 a 18 mm. Acho que terei uns 15 para a punção, que será amanhã!
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