Meninas, realmente foi um grande
susto no domingo passado, hoje completo uma semana do repouso absoluto,
primeiro dia em que estou me sentando para usar o computador, ainda meio
deitada no sofá com o notebook no colo e um monte de almofadas.
Segui tudo o que o médico pediu,
não fiz praticamente nada. Na horizontal, deitada até ficar entediada. Meu
marido fez tudo e ainda bem que estava em férias. Desde lavar roupas, cozinhar
e cuidar da casa. Fiquei tão molenga que até tomar banho me cansa... rs. Bom, para
quem me conhece e sabe que sou ligada nos 220V, parece impossível. Posso dizer
que não foi fácil, senti uma “coceira interior” (não sei explicar) para fazer
as coisas, sair e ver o que está acontecendo na rua, ainda mais no Ano Novo,
pois sempre sou a festeira da família que organiza tudo. Neste ano, a virada
foi deitadinha no sofá, olhando os fogos pela janela da sacada. Este será um ano especial, o mais importante da minha vida!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Os enjôos diminuíram muito,
parece que aconteceu mesmo a mágica das “12 semanas”...hahahaha.
Ainda não tenho o diagnóstico da
causa do descolamento, o médico que me atendeu no Pronto Socorro supõe ser
resultado do crescimento dos miomas pela grande quantidade de hormônios na
gravidez que podem ter abaulado a cavidade uterina (em questões anatômicas), gerado
um coágulo subcoriônico e, como consequência, o descolamento da placenta. Já a
médica do pré-natal, apenas confirmou por mensagem de WhatsApp tal hipótese,
pois somente vou encontra-la na próxima semana. Respondeu para usar a
Utrogestan (devido à baixa taxa de progesterona pela idade – embora eu não
queira aceitar, estou chegando nos 39 aninhos) e pediu repouso.
Resumindo, foram 3 as recomendações para o hematoma não aumentar (e ambos os médicos disseram que não há muito mais o que fazer, devemos aguardar o corpo se reestabelecer e manter o pensamento positivo):
- Evitar ter contato íntimo (abstinência sexual)
Resumindo, foram 3 as recomendações para o hematoma não aumentar (e ambos os médicos disseram que não há muito mais o que fazer, devemos aguardar o corpo se reestabelecer e manter o pensamento positivo):
- Evitar ter contato íntimo (abstinência sexual)
- Não ficar muito tempo de pé,
preferindo ficar sentada ou deitada com as pernas elevadas (nem pensar em
passeio no shopping ou ir ao mercado) ou esforços, como limpar a casa (nos
casos mais graves, o médico poderá ainda indicar a internação, mas isso quando
a gestação está no 3º trimestre)
- Fazer uso progesterona com o Utrogestan (no meu caso, 1 vez ao dia).
- Fazer uso progesterona com o Utrogestan (no meu caso, 1 vez ao dia).
Estas recomendações são as mais
comuns entre os médicos, mas não há comprovação em estudos científicos que
comprovem impacto na involução do coágulo, mas é importante que a gente sinta
que está fazendo tudo o que pode para cuidar o melhor possível de nosso bebê.
Ah, quando questionei o médico como
o repouso ajudaria, ele disse que seria uma questão de minimizar impactos físicos
da movimentação. Comparou com uma ferida, se ficarmos em contato com o local
sempre, demora para cicatrizar, o mesmo se ficarmos nos movimentando muito em
relação ao hematoma e a região do descolamento da placenta.
Me preocupou muito o deslocamento
da placenta porque é um problema sério na gravidez. Em geral, acontece mais no
3º trimestre e no meu caso, foi bem no finalzinho do 1ª.
A placenta é muito importante
porque é responsável por todas as “trocas” entre a mãe e o bebê, ou seja, facilita
a troca de nutrientes para proteger e sustentar a gravidez. Além de eliminar
tudo o que é nocivo, ela transporta oxigênio, glicose, cálcio, água, entre
outras substâncias, para o bebê. Já no caminho contrário, é ela quem retira o
gás carbônico e outros dejetos do bebê, que são eliminados pelo organismo da
mãe. É a placenta, ainda, que estimula outros hormônios da gestação, como o
estrogênio, a progesterona e o lactogênio, fundamental para a produção de
leite.
Portanto, um descolamento da
placenta pode ser a interrupção desta comunicação com o bebê e trazer problemas
muito sérios. No meu caso, o descolamento foi de 15% a 20% e não foi
gravíssimo, mas o médico ressaltou que foi uma ameaça significativa de aborto
que passei com o sangramento e outros agravantes.
Aí vêm aquelas perguntas: “O que
fazer para a placenta colar de novo”? “Quanto tempo demora para a placenta colar
e se reestabelecer”?
Na verdade, não há uma resposta
única para isso, depende de cada caso. O médico que me atendeu disse que
poderia levar algumas semanas (da 12ª até a 18ª ou 20ª) ou até meses e há mulheres
que ficam a gestação toda sob repouso. Quando acontece após as 34 semanas e, segundo
a condição de cada gestação, é realizada uma cesárea de emergência.
Quando acontece ainda no 1º
trimestre, como no meu caso, o nome científico é hematoma subcoriônico ou
retrocoriônico, caracterizado pelo acúmulo de sangue entre o útero e o saco
gestacional. Nos casos leves de descolamento ovular, normalmente o hematoma
desaparece naturalmente até ao 2º trimestre de gestação, pois é absorvido pelo
organismo da mãe, porém, quanto maior for o hematoma, maior o risco de aborto
espontâneo, parto prematuro e descolamento da placenta.
Alguns pontos que entendi sobre
esta questão, para compartilhar com vocês:
- O hematoma subcoriônico (SCH),
que é um acúmulo de sangue entre as membranas da placenta e do útero, que se
chama córion. Quando acontece nas primeiras semanas de gestação e a placenta
ainda não está formada, os médios se referem a ele como coágulo ou deslocamento
ovular.
- Os hematomas subcoriônicos
grandes aumentam o risco de aborto espontâneo, parto prematuro, descolamento da
placenta (quando ela se separa prematuramente a partir da parede do útero pode
levar à morte do feto nos casos mais graves, pois a placenta tem múltiplas
funções: além da função nutritiva, tem função excretora, respiratória, de
produção de hormônios e de defesa).
- Portanto, há diferença entre o
hematoma subcoriônico e o descolamento da placenta. Quando o problema aparece
em gestações antes de 20 semanas, o que na verdade ocorre é um acúmulo de
sangue entre a parede do útero e o saco gestacional e os médicos se referem a esse
problema como hematoma subcoriônico, que desaparece com a evolução da gestação
e esta pode transcorrer normalente. Nos casos de descolamento de placenta, esta
complicação pode indicar que a saúde do feto está em perigo. Se acontece perto da data de parto prevista do parto, ele
será adiantado por meio de uma
cesariana, para prevenir que a placenta se solte ainda mais.
Mas é importante destacar que
ambas as situações requerem tratamento médico imediato para um melhor
acompanhamento e prognóstico da gestação, com ultrassom, se possível, semanal
ou quinzenal.
- Sobre as causas para um
hematoma ou o descolamento, não há uma única ou certeira motivação, podendo ser
um problema decorrente da implantação do ovo no útero na fase inicial da
gestação. Portanto, não se culpe se aconteceu com você, pois não foi algo que
tenha feito para que acontecesse e pode ocorrer em mulheres grávidas de todas
as idades e raças.
- Para ter o diagnóstico, é importante
procurar o médico ou um atendimento de emergência em caso de sangramento (mas
há casos em que não há sangramento, no meu houve bastante). Somente com um
ultrassom será possível identificar o coágulo, que aparece como uma mancha escura
dentro do útero, como se fosse outra placenta. Após o exame, o médico consegue
identifica o tamanho (extensão) do coágulo ou da zona de descolamento da
placenta, dependendo o caso.
Bom, de tudo isso e de todas as
histórias tristes que encontramos na internet, é importante conter a ansiedade
e não cair no desespero. O apoio do médico é importante para nos sentirmos
seguras, um bom profissional nos dará as orientações, pois há muita informação na
internet, mas também (des)informação em excesso!
Lendo outros blogs, percebo que é
bastante comum no início da gravidez – apesar de ter levado um susto com o tom
que o médico me passou as orientações, considerando que meu caso é diferente pela
presença dos miomas, que são agravantes ao diagnóstico do coágulo e preciso ter
maior cuidado com o descolamento da placenta. Torcendo para não fica a gravidez
toda em repouso, então me cuidarei bem agora no comecinho, estou com 13 semanas
agora.
Estou tentando ter calma, me
distanciar do trabalho com a licença médica (apesar de toda a pressão que estou
recebendo por ter que conduzir a reestruturação da minha área, em um momento em
que a empresa foi adquirida por um grupo americano). E aí vem o desabafo:
cuidar do bebê é essencial para nosso projeto de vida e todas as minhas
energias estão voltadas para isso, mas é uma escolha complicada no que diz
respeito à carreira, principalmente no ambiente corporativo, com funções de
gerência e direção de área.
Por exemplo, eu teria uma viagem
para os Estados Unidos a trabalho, bastante importante, mas precisarei me
ausentar e tentar resolver tudo via por videoconferência, a tecnologia ajuda, mas
há “reuniões de relacionamento” que terei que abdicar. Já recusei uma promoção
no mês de outubro (acho que contei aqui) e não me arrependo nem um pouco. É que
não tem como deixar de mencionar esta pressão que a mulher se encontra. Minhas
decisões foram tomadas e imagino que vocês também tenham passado por isso.
O negócio é não pirar, embora
ficar em repouso para pessoas totalmente pilhadas como eu seja algo complicado,
mas estou me acostumando com os mimos do marido... rs. Vou seguir direitinho as
recomendações médicas e amanhã espero saber o sexo do bebê no ultrassom.
Torcendo muito para a placenta
estar no lugar certinho e o hematoma ter sumido!!! Bjsssssss
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