Estou tentando me concentrar no
trabalho, mas agora que comecei o novo ciclo de indução para minha 3ª FIV, só
consigo pensar no assunto... Fiquei “off” no período de férias, mas agora
voltou aquela ansiedade. Mesmo sabendo tudo o que vai acontecer pelos
protocolos, não há novidades sobre os procedimentos, mas a expectativa é mais
para saber como ficarão os embriões, ou seja, como meu corpo vai reagir – e também
os espermatozoides do maridão que precisamos captar os melhores.
Aí me concentro um pouco no
trabalho e, de repente, fico pensando no processo da FIV...
Então resolvi colocar aqui neste
post algo que estou pensando e foi parte das decisões nesta fase: os motivos
pelos quais troquei de clínica. Adiantando o final do post, para mudar de clínica, tive que mudar de médico.
Acho que até devo isso ao médico
que cuidou da gente no ciclo anterior. Obviamente ele não sabe do blog... rs...
mas é algo meu e quero registrar aqui, já que a intenção do blog era essa
também. E tem me ajudado bastante a lembrar como foi cada uma das etapas
anteriores, com dúvidas que surgem e então dou uma espiadinha aqui nas
postagens.
Bom, não tenho colocada aqui o
nome dos médicos, por uma questão de preservação do profissional, mas quem
quiser saber mais, pode me mandar um email (daniela.pessoa.blog@gmail.com).
Se eu demorar para responder, me chamando pelo blog também responderei mais
rapidinho.
Agora segue o momento da
sinceridade do que achei em todos os procedimentos que passei.
FASE: PRIMEIRAS CONSULTAS PARA “TENTAR
ENGRAVIDAR”
Antes de decidir pela FIV, em 2009,
comecei a fazer os primeiros exames. Casei (oficialmente) em 2006, parei em
2008 com o anticoncepcional e estava naquela fase “se rolar, rolou”. Quando uma
amiga de trabalho engravidou, resolvi ir ao ginecologista que cuidava dela e aí
ele identificou meus ovários policísticos. Após o uso de indutor de ovulação
para coito programado no início de 2011, fiquei estagnada até 2013. Melhor: em
2011 e 2012, procurei um excelente profissional, professor da PUCC com clínica
em Cps que começou a nos apresentar a ideia da FIV, acho que até deveria ter
seguido com ele, mas tínhamos dúvidas e ainda achava que tudo aconteceria
naturalmente... Teve um cara chato que comentei no blog por indicação de uma
amiga que nem vou mencionar.
FASE: A PRIMEIRA FIV
Em 2013, um casal de amigos, que
sabíamos dos problemas que ele teve com câncer no testículo e ela com 40 anos –
eles estavam na fila da adoção por tudo isso e, de repente, ficaram grávidos de
gêmeos. Pedi o contato da médica, que esta amiga disse ser “um amor, mas um
pouco atrapalhada”. E foi isso mesmo. Fiz a consulta e ela é extremamente
atenciosa, mas muito desorganizada e tudo parecia “tentativa e erro”. Ainda
assim resolvi continuar os procedimentos. O que a princípio seria uma IA
(inseminação artificial), como gerei muuuuitos folículos, virou FIV no meio do
caminho.
Esta médica é professora de
cursos de Medicina, parece competente, mas vários problemas de falta de
organização geraram muito stress com a clínica e aí vem todo o problema. A
clínica... Pois é. Eu estava com a barriga estourando de óvulos maduros – e com
hiperestímulo e a dona da clínica (ela é quem gerencia e o marido é o médico
principal, mas tem uma equipe grande e é uma clínica bastante conhecida, em
particular por cuida de problemas de infertilidade masculina). Quase perdemos
tudo, uma total falta de sensibilidade dos profissionais administrativos e a
médica bastante perdida em todo o processo. Stress total. Além disso, sempre
tinha uma ligação da clínica com cobrança extra, nunca sabíamos de fato qual o
valor total.
FASE: A SEGUNDA FIV
O médico foi muito atencioso, já
descrevi bastante sobre ele nas postagens e detalhei todo o processo no blog
com pormenores do tratamento. O problema foi a clínica, que sempre pareceu
muito interessada em dinheiro, ou seja, só podia “descer as escadas para a
parte dos procedimentos” quando tivesse compensando a transferência dos
valores.
Além disso, a dona/gestora da
clínica foi extremamente insensível conosco em momentos bem complicados do
tratamento, porque não é só uma questão de grana, mas de sentimentos e
expectativas. Na 1ªFIV quando os exames sorológicos estavam com alguns dias a mais
do prazo e ela não permitiu a punção, viramos a cidade atrás de um laboratório
que fizesse no prazo para eu não perder os óvulos maduros e que não fosse
interna com problemas sérios com o hiperestímulo, pois fiquei muito mal mesmo,
com dores e líquido na barriga, febre e muito mal estar até para respirar.
Depois foram cobranças que
chegavam a todo momento, dizendo que faltava pagamento de material, depois de
honorários de enfermagem, depois de taxa de congelamento e outros.
Aí a “gota d´água” veio na
segunda FIV, assim que tivemos o negativo e estávamos fazendo as contas para
começar novo processo para transferir os embriões restantes, fizemos um
questionamento e ela foi grosseira demais. Eu que estava chorando pelo
negativo, comecei a chorar pela falta de sensibilidade e respeito que ela
demonstrou neste momento. Até copiou o médico e foi um constrangimento total.
Ele sempre foi gentil e a equipe dele também.
FASE: A TERCEIRA FIV
Ainda não consigo ponderar sobre
a clínica, mas deu para perceber que tratam tudo com muito profissionalismo. O
médico principal é muito ocupado, vive em congresso e nos atendeu no início.
Nas demais fases, é a outra médica da equipe que está acompanhando, mas é bem
atenciosa. Vou comentando aqui as impressões.
RESUMINDO: Adoro o médico que fez
a 2ªFIV, confio nele e na equipe. Não tenho dúvidas da competência e
integridade dele, mas estou trocando por causa da clínica.
Não sei se ele (chamarei aqui de
Dr JV) já perdeu outros pacientes por este motivo, mas foi o que pegou no meu
caso.
Então, agora procuro uma clínica
que me cuide bem neste momento, que tenha um processo humanizado porque é tão
difícil tudo isso e ainda assim não há como ter certeza de que dará certo.
Tenho consciência que posso ter outro negativo. Isso faz parte.
Deixo aqui meus agradecimentos ao
Dr. JV, um profissional que recomendo muito!
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