Comentei no post anterior ao relatar a punção sobre a “boa
notícia” que foram os 28 óvulo maduros da aspiração, mas teve notícia não tão
boa assim...
Na seção “bad News”, na segunda-feira cedo, depois de fazer
o ultrassom, pedimos para falar com o médico e ele comentou que, devido aos meus
miomas, não apenas teríamos que congelar os embriões, mas também que precisaria
remover os miomas antes da transferência. Aí fiquei confusa, porque a linha de
investigação estava centrada na qualidade dos embriões e depois passou para o
processo de seleção das escolhas dos espermatozoides pelo probleminha da
varicolece do marido e, de repente, surgi a cirurgia que retardará a
transferência em pelo menos 6 meses.
Fiquei bem chateada e ele disse que, embora o mioma não seja
a causa do insucesso, pode ser um elemento que atrapalha. Por isso, no processo
de exclusão, sugere retirá-los antes. Há um maior intramural que pode
atrapalhar, já que os demais ficam fora da cavidade do útero.
Aí saí de lá bem chateada, pensativa e fui trabalhar...
Fiquei esperando o orçamento que a enfermeira passaria por email porque, apesar
de ter 2 planos diferentes de saúde, o médico só faz particular (o hospital
pode ser pelo plano de saúde, mas a equipe médica não). Aí chegou o orçamento, total
de quase R$15mil (médico + equipe). Que paulada!!! Aí fiquei pensando se
preciso mesmo tirar o mioma e se seria mais um desgaste físico, financeiro e
emocional.
Lembrei que minha mãe teve problemas com miomas e, após ter
o 3º filho, mas ainda jovem, fez uma cirurgia como esta e teve que retirar o
útero todo. Ou seja, bateu o medo, pois eu posso perder qualquer coisa neste
processo e continuar as FIVs, só não posso perder o útero que aí não dá mais.
Fiquei mal e tentando não pensar no assunto, me envolvendo
na correria do trabalho. Lá pelas 18h, fui com o pessoal comer algo na cantina
e fiz algo que raramente acontece: pedi uma coxinha! Ela parecia tão suculenta
(apesar de engordativa) que comi e voltei ao trabalho. Duas horas depois, me senti
mal e tive que ir para casa mais cedo (já que trabalho até 22h). Já fui
segurando no carro e nunca dirigi tão rápido até minha casa. Entrei correndo e
fui vomitar.
Meu marido se assustou e, além do vômito, um super piriri.
Isso aconteceu por uma hora, até que na décima vez, comecei a vomitar e evacuar
sangue. Meu marido ficou preocupado se fosse hiperestímulo, mas achando que era
intoxicação alimentar, fomos até o hospital com uma malinha com o remédio para
aplicar lá. Pois é, nunca passei tão mal assim... Virei a noite internada,
tomando soro. Como não tinha o celular do médico, não consegui contato e
aplicamos a medicação assim que melhorei um pouquinho.
Na terça fui trabalhar normalmente, meio jururu, mas faz
parte. Meu marido falou com ele por telefone e ele disse que foi muita pressão
da notícia que juntou com a intoxicação mas que conversaria conosco para me
acalmar.
Na quarta, fizemos ultrassom e estavam lá uns 40 folículos
bombando nos meus ovários. A médica como sempre muito atenciosa, explicou que
seria a punção na sexta ou sábado. Aí entrou o médico, que veio calmamente saber
como eu estava. Disse que não preciso fazer a cirurgia para retirar miomas, mas
para pensar se pode estar atrapalhando. Explicou os procedimentos e pediu para esperarmos
a evolução dos embriões, o que vai interferir em nossa decisão. Foi isso...
Aguardando as “good news”... Bjs
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