Meninas,
resolvi dar um tempo para meu corpo e minha cabeça descansarem... Depois de uma
FIV em 2013 (julho) e outra em 2014 (com uma TEC em fevereiro e outra em
março), dei uma paradinha.
Contei
aqui como foi a conversa com o médico e o direcionamento para investigarmos o
que pode afetar a qualidade dos embriões. Sei que a idade afeta muito a
qualidade dos óvulos e, como já estou com 38 anos, isso me preocupa muito. Até
perguntei para ele sobre ovodoação, mas ele disse que ainda não chegamos nesta
fase e isso deixaremos como Plano B ou Plano C.
Vou
retomar os exames nesta semana e estou pegando no pé do maridão porque ele não
gosta muito de fazer os exames. Poxa, passei por tanto exames dolorosos, acho
que ele poderia ter um pouco de compreensão, pois não queria parecer chata ao
ficar pedindo a todo momento para ele ir até a clínica. Tá, deve ser difícil
conseguir colocar no potinho o material, já que é uma salinha impessoal, com
gente circulando pelo corredor e pressão para fazer logo... risos. É, vamos dar
um desconto!
Hoje
estava pensando nesta questão da idade e se já limite para fazer a FIV, porque
não vou desistir, mas o tempo urge e este mês que parei já parece que estou
perdendo um tempo preciso...
Tecnicamente,
se houver doação de óvulos, não há limite técnico. Como a mulher nasce com um
número finito de óvulos e, com o passar do tempo, não só sua qualidade é
reduzida, mas também sua quantidade. A velocidade da perda aumenta ao redor dos
35-37 anos. Após os 40 anos, a chance de engravidar cai drasticamente e, depois
dos 45, é praticamente zero. Como já cheguei em 38, bate o desespero,
socorro...
As
leis e os Conselhos de Medicina procuram organizar limites para esses procedimentos
médicos impedindo abusos. Em abril de 2013 foi lançada a Resolução CFM
nº2013/13 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que substituiu a anterior,
nº1957 de janeiro de 2011, atualizando as regras desses tratamentos.
•
IDADE DA PACIENTE – a idade máxima das candidatas à gestação de reprodução
assistida é de 50 anos.
•
DOAÇÃO COMPARTILHADA – o CFM libera que uma mulher, em tratamento para
engravidar, doe parte dos seus óvulos para outra mulher, em troca do custeio de
parte do tratamento. Estabeleceu-se também um limite de idade da doadora: 35
anos.
•
IDADE LIMITE PARA DOAÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES – 50 anos.
•
ÚTERO DE SUBSTITUIÇÃO – Ampliou-se para parentesco consanguíneo de até 4º grau
(incluindo mãe, irmã, avó, tia e prima).
•
TRANSFERÊNCIA – A nova redação também deixa mais claro quanto ao número de
embriões a serem transferidos no caso de doação: estes devem respeitar o
critério de idade da doadora e não da receptora.
•
DESCARTE – os embriões criopreservados acima de cinco anos, poderão ser
descartados se esta for a vontade dos casais.
•
HOMOAFETIVIDADE – É permitido o uso das técnicas de reprodução assistida para
relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitado o direito da
objeção de consciência do médico.
•
COMPATIBILIDADE HLA – as técnicas de reprodução assistida podem ser usadas para
seleção de embriões compatíveis com algum filho do casal afetado por alguma
doença que necessite de um transplante.
No
caso desta mulher que engravidou com mais de 60 anos aqui em Campinas, segue um
link:
Outros
links:
Sobre
a idade e a produção de óvulos
Sobre
mães com mais de 50 na Grã-Bretanha
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