Gente, depois do desespero
do pequeno sangramento na noite do dia da transferência dos embriões
congelados, fiquei um pouco desesperada.
Não
aguentei e mandei um email para a médica, que não respondeu o que tinha
perguntado, aí resolvi ligar. Ela me disse que o sangramento não é do
endométrio, mas da passagem do catéter, que não era para me procurar.
Não
sei... parece que a resposta não me convenceu e fiz o que não devia: pesquisar
mais na internet. Já que estava em casa de repouso, sozinha e com um monte de
minhocas na cabeça, acabei fazendo...
A paranoia me fez pesquisar se há diferença entre transferir os embriões "frescos" no mesmo ciclo ou os congelados, que descobri a sigla (TEC - Transferência de Embriões Congelados).
Reproduzo um dos textos:
Congelamento e descongelamento de embriões
Os embriões, se forem de boa qualidade, podem ser armazenados em
qualquer estágio (pró-núcleo, divisão inicial, e blastocisto). Normalmente são
armazenados em grupos de dois ou mais embriões dependendo do número desejado
para transferências posteriores.
Os embriões são colocados em um fluido protetor próprio para
congelamento (protege o embrião do congelamento). Em seguida colocados em
palhetas plásticas e armazenados em nitrogênio líquido a uma temperatura muito
baixa (–196°C). Tudo isso é controlado por um programa de computador.
O descongelamento envolve retirar o embrião do nitrogênio líquido,
descongelar na temperatura ambiente, remover o fluido protetor e colocar o
embrião em meio de cultura próprio. Em seguida, é colocado na incubadora e está
pronto para transferência.
Taxas de sobrevivência dos embriões congelamento/descongelamento)
Nem todos os embriões sobrevivem ao processo de
congelamento/descongelamento. Em um bom programa a taxa de sobrevivência
esperada é de 75-80%. Então é necessário descongelar vários para que tenhamos
pelo menos dois ou três bons embriões para transferência.
Os casais possuem algumas possibilidades em relação aos embriões
congelados, segundo a lei brasileira.
• Manter os embriões
congelados por um tempo maior.
• Transferir em ciclos
subsequentes se necessário ou desejado.
• Doar para pesquisa.
• Doar para casal
infértil.
Transferência dos embriões após descongelamento
Embriões descongelados podem ser transferidos ao útero em ciclo
natural, em ciclo com hormônios de reposição ou em ciclo estimulado. Em geral,
os três métodos possuem taxas de gravidez e nascimento semelhantes.
No caso do ciclo com hormônios de reposição, ocorrre a administração do
hormônio estrogênio (comprimidos ou adesivos) e da progesterona (vaginal ou
injetável). Após a transferência, tanto o estrogênio como a progesterona, são
mantidos até o teste de gravidez. Se positivo a mulher deve continuar a
medicação até 8-12 semanas.
Resultados da transferência de embriões descongelados
Na maioria dos centros de FIV a transferência de embrião descongelado
resulta em taxas de gravidez e nascimento menores do que com embrião fresco. O
risco para gravidez múltipla também é menor.
As taxas de sucesso dependem de muitos fatores; principalmente a idade
da mulher e o número de embriões transferidos. A incidência de gravidez
bioquímica, ovo anembrionado, abortamento precoce e tardio, gravidez ectópica,
partos prematuros e de termo, é semelhante a transferência de embrião fresco.
Até o momento não há evidência que as crianças nascidas da
transferência de embriões descongelados possuem qualquer aumento na incidência
de anormalidades congênitas.
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